Trabalhadores da SAEG em Guaratinguetá entram em greve contra o corte da PPR

Edilson Aleixo de Oliveira, Diretor-Presidente da SAEG, justificou a decisão alegando ausência de um ato administrativo específico que regulamente o benefício.
Em assembleia realizada nesta quarta-feira (4), os trabalhadores da Companhia de Serviço de Água, Esgoto e Resíduos de Guaratinguetá (SAEG) aprovaram a deflagração de greve a partir da próxima segunda-feira (9). A decisão foi tomada após a empresa se recusar a pagar a Participação no Programa de Resultados (PPR), benefício garantido em campanhas anteriores.
A assembleia foi convocada pelo SINTAEMA (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo), um dia após reunião com a direção da SAEG, ocorrida na terça-feira (03). Segundo o sindicato, apesar das intensas negociações para assegurar a renovação do Acordo Coletivo e a manutenção dos direitos conquistados, a empresa comunicou que não efetuará o pagamento da PPR.
O Diretor-Presidente da SAEG, Edilson Aleixo de Oliveira, justificou a decisão alegando ausência de um ato administrativo específico que regulamente o benefício. Para o Sindicato da categoria, a justificativa é inadmissível e representa uma manobra para retirar um direito historicamente reconhecido.
“O PPR não é um favor, mas uma conquista da categoria, fruto do esforço coletivo dos trabalhadores que constroem os resultados da SAEG. A empresa alega preocupação legal, mas ignora que os valores já estão depositados em conta específica, o que mostra que o problema não é financeiro, e sim de decisão política e administrativa”, afirma a direção do sindicato.
O SINTAEMA informou que tomará todas as medidas judiciais cabíveis para garantir o cumprimento do Acordo Coletivo e o pagamento do PPR. O sindicato também convocou todos os trabalhadores a aderirem ao movimento grevista.
“A greve é um instrumento legítimo diante da recusa da empresa em respeitar direitos garantidos. Nossa união será essencial para impedir retrocessos e garantir que nossas conquistas não sejam retiradas por manobras burocráticas”, concluiu a entidade.